Ontem enquanto esperava que o Vicente acordasse da sesta na casa da avó aproveitei para ter um daqueles momentos só meus. E tão bom que foi...
Descalça em casa (um hábito que estou ganhando aos poucos), ao som de Vinicius de Moraes, parecia que tinha apanhado um avião para o outro lado do Atlântico.
O sol do jardim a entrar-me pela casa a dentro, a tv desligada e simplesmente pus-me a cozinhar, algo que ando a ter cada vez mais prazer. E fi-lo mesmo por prazer, não por ser uma dona de casa extremosa.
Há 10 anos atrás a vida ensinou-me a desfrutar dos pequenos prazeres da vida, ontem foi um deles e algo me diz que muitos do género virão.
News soon. Stay tuned! :)
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Metamorfoses
Sempre fui uma pessoa de emoções fortes mas se me dissessem que numa semana iria passar tudo o que estou a passar, certamente diria que a seguir ia-me entregar ao álcool! E vamos ver se não opto por esse caminho entretanto...
Sábado fomos pôr a minha mãe num lar, um sítio lindo com uma paz imensa e onde sei que ela está muito bem entregue mesmo e que é o melhor para ela, mas ninguém tira a dor física que senti no coração ao fazê-lo. Dói demais. Acho que se me arrancassem o coração nesse dia, ele estaria a sangrar.
O que me vale é o meu otimismo que me faz acreditar que todos os dias dói um bocadinho menos... E o descanso de saber que ela está bem.
(não acabei este post, se calhar porque era mesmo para ficar assim...)
Sábado fomos pôr a minha mãe num lar, um sítio lindo com uma paz imensa e onde sei que ela está muito bem entregue mesmo e que é o melhor para ela, mas ninguém tira a dor física que senti no coração ao fazê-lo. Dói demais. Acho que se me arrancassem o coração nesse dia, ele estaria a sangrar.
O que me vale é o meu otimismo que me faz acreditar que todos os dias dói um bocadinho menos... E o descanso de saber que ela está bem.
(não acabei este post, se calhar porque era mesmo para ficar assim...)
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Levanta-te e Anda! :)
Toda a gente nos diz para deixarmos os nossos filhos terem o seu ritmo e eu deixo! Acreditem que deixo, mas à medida que o vou conhecendo melhor sinto-o sempre com algum medo de experimentar situações novas.
Não sei se será mesmo verdade se sou só eu a ver um reflexo de mim e não querer que ele deixe de fazer coisas com medo de experimentar.
Já estávamos a entrar nos 17 meses do Vicente e via-se perfeitamente que ele sabia andar, mas que tinha medo (ou preguiça) de andar sozinho. Bem o tentava incentivar, mas nada! Até o comecei a levar para a escola no próprio pé dele, de mão dada comigo para ele sentir mais confiança e... nada! Sempre que era para largar a mão, ele não queria nem por nada!
Até que esta quinta-feira passada, dia 12 de maio, o meu filhote deu os primeiros passos. Claro que foi na escola, Claro que eu não estava lá. Claro que me culpei. Claro que chorei. Mas já passou! :)
Passava a vida a dizer-lhe: "Filho, acredita na mãe! Vais curtir tão mais quando andares pelo teu próprio pé!" E finalmente ele acreditou na mãe. Ora vejam e riam à gargalhada com ele, que esta gargalhada é contagiante! Pelo menos para mim...
Não sei se será mesmo verdade se sou só eu a ver um reflexo de mim e não querer que ele deixe de fazer coisas com medo de experimentar.
Já estávamos a entrar nos 17 meses do Vicente e via-se perfeitamente que ele sabia andar, mas que tinha medo (ou preguiça) de andar sozinho. Bem o tentava incentivar, mas nada! Até o comecei a levar para a escola no próprio pé dele, de mão dada comigo para ele sentir mais confiança e... nada! Sempre que era para largar a mão, ele não queria nem por nada!
Até que esta quinta-feira passada, dia 12 de maio, o meu filhote deu os primeiros passos. Claro que foi na escola, Claro que eu não estava lá. Claro que me culpei. Claro que chorei. Mas já passou! :)
Passava a vida a dizer-lhe: "Filho, acredita na mãe! Vais curtir tão mais quando andares pelo teu próprio pé!" E finalmente ele acreditou na mãe. Ora vejam e riam à gargalhada com ele, que esta gargalhada é contagiante! Pelo menos para mim...
YEAHHH!!
Bem sei que não é nada neste mundo frenético de cibernautas, mas a mim deixa-me deveras contente! :)
Tenham uma boa semana!
Tenham uma boa semana!
terça-feira, 10 de maio de 2016
E já passou um ano!
Lembro-me tão bem... Faz hoje um ano que comecei a trabalhar e deixei o meu Baby Vi com a minha sogra.
Um misto de emoções e de sensações... Entre a angústia de o deixar com uma pessoa que não eu, depois de 5 meses dedicados somente a ele. Depois a adrenalina e ansiedade e euforia de voltar a trabalhar, como se fosse o primeiro dia de aulas.
Com tudo preparado com tempo, marmitas, lanches... A ponderar a melhor hipótese de ginásio na área de Oeiras, onde trabalhava.
Foi difícil, mas foi uma altura boa! Conseguia me sentir útil e fazer o que mais gosto e graças à redução de horário, conseguia mesmo assim ter tempo para o Vi.
Tudo piora quando ficamos no horário completo e esta sociedade acha que é perfeitamente aceitável e suficiente termos 2 horas por dia com os nossos filhos.
Lamento, não é suficiente. Nem para mim, nem para ele.
Acho que toda a mãe deve sentir o que eu sinto, que vivo todos os dias com um sentimento de culpa, parece que devo a toda a gente.
Fico a dever ao meu filho logo pela manhã quando o despacho em menos de nada para o deixar na escola, para depois ir a correr para o trabalho. Culpada por à hora de almoço dedicar esse pequeno espaço para mim e ir a correr para o ginásio, para fazer uma aula de meia hora, tomar um duche a correr para depois engolir o almoço e ir trabalhar.
Fico a dever no trabalho por sair "a horas" para ir ter com o meu filho, quando já estou a dever à minha sogra que já está com ele há imenso tempo.
Fico a dever à Mini, a cadela, porque não lhe consigo dar atenção, pois enquanto o Vicente está acordado, sou só dele.
Fico a dever à arrumação da casa que não consigo deixar como quero porque já estou estoirada quando é tempo de começar a arrumar.
Fico a dever ao H porque nunca tenho tempo para ele e estou sempre com sono, quando finalmente paro.
Uma rotina cheia de dívidas que seria tão mais fácil se a sociedade percebesse a diferença que faz trabalharmos 6 horas em vez de 8.
Já experimentei, por isso sei o que digo. Ao ter 6 horas de trabalho laboral, e sem benefícios de ter menos trabalho (que também não acho que seja o suposto) trabalhava o mesmo que agora que tenho 8 horas diárias. Quando vão perceber que não é carga horária que define a qualidade do trabalho, mas sim a qualidade dessas horas de trabalho?
Mas temos uma sociedade formatada para acreditar que quantas mais horas trabalhamos, mais produtivos somos e é tão mentira. Uma pessoa que sai às 18:00 do trabalho é porque tirou a tarde, à vista dos colegas.
Perguntem a vocês mesmo: se soubessem que poderiam sair do trabalho 2 horas antes do suposto "por lei", será que não despachavam o trabalho nesse tempo? Eu tenho a certeza que sim!
Um misto de emoções e de sensações... Entre a angústia de o deixar com uma pessoa que não eu, depois de 5 meses dedicados somente a ele. Depois a adrenalina e ansiedade e euforia de voltar a trabalhar, como se fosse o primeiro dia de aulas.
Com tudo preparado com tempo, marmitas, lanches... A ponderar a melhor hipótese de ginásio na área de Oeiras, onde trabalhava.
Foi difícil, mas foi uma altura boa! Conseguia me sentir útil e fazer o que mais gosto e graças à redução de horário, conseguia mesmo assim ter tempo para o Vi.
Tudo piora quando ficamos no horário completo e esta sociedade acha que é perfeitamente aceitável e suficiente termos 2 horas por dia com os nossos filhos.
Lamento, não é suficiente. Nem para mim, nem para ele.
Acho que toda a mãe deve sentir o que eu sinto, que vivo todos os dias com um sentimento de culpa, parece que devo a toda a gente.
Fico a dever ao meu filho logo pela manhã quando o despacho em menos de nada para o deixar na escola, para depois ir a correr para o trabalho. Culpada por à hora de almoço dedicar esse pequeno espaço para mim e ir a correr para o ginásio, para fazer uma aula de meia hora, tomar um duche a correr para depois engolir o almoço e ir trabalhar.
Fico a dever no trabalho por sair "a horas" para ir ter com o meu filho, quando já estou a dever à minha sogra que já está com ele há imenso tempo.
Fico a dever à Mini, a cadela, porque não lhe consigo dar atenção, pois enquanto o Vicente está acordado, sou só dele.
Fico a dever à arrumação da casa que não consigo deixar como quero porque já estou estoirada quando é tempo de começar a arrumar.
Fico a dever ao H porque nunca tenho tempo para ele e estou sempre com sono, quando finalmente paro.
Uma rotina cheia de dívidas que seria tão mais fácil se a sociedade percebesse a diferença que faz trabalharmos 6 horas em vez de 8.
Já experimentei, por isso sei o que digo. Ao ter 6 horas de trabalho laboral, e sem benefícios de ter menos trabalho (que também não acho que seja o suposto) trabalhava o mesmo que agora que tenho 8 horas diárias. Quando vão perceber que não é carga horária que define a qualidade do trabalho, mas sim a qualidade dessas horas de trabalho?
Mas temos uma sociedade formatada para acreditar que quantas mais horas trabalhamos, mais produtivos somos e é tão mentira. Uma pessoa que sai às 18:00 do trabalho é porque tirou a tarde, à vista dos colegas.
Perguntem a vocês mesmo: se soubessem que poderiam sair do trabalho 2 horas antes do suposto "por lei", será que não despachavam o trabalho nesse tempo? Eu tenho a certeza que sim!
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