sexta-feira, 8 de julho de 2016

Music Brings Us Together #11

Esta foto já é antiga, foi tirada no meu dia de anos, em Janeiro de 2014, mas partilho-a hoje por ser um momento de viragem muito importante para mim!
Neste dia, foi um dia que me senti livre, que tinha o mundo aos meus pés e que podia fazer o que quisesse com a minha vida.
Hoje esse sentimento repete-se, mas não estou num sítio tão bonito como a Tailândia.

Carreguem na foto e sintam a vibe desta música enquanto continuam a ler o post! :)



Despedi-me. Não há forma mais sincera e direta de dizer as coisas.
Hoje foi o meu último dia de trabalho por conta de outrem. Decidi conjuntamente com a minha família que estava na hora de parar um pouco e não deixar que toda a vida me passasse ao lado sem a ter vivido.

Se há coisa que sempre me irritou foi as pessoas queixarem-se sem fazerem nada por mudar o que acham que não está bem na sua vida. Parece que têm medo de ser felizes e depois não terem do que se queixar...

Numa sociedade em que acha que a vida é feita para trabalhar e não para viver. Em que perdemos momentos únicos da nossa vida e dos que amamos para estarmos fechados num escritório 8 horas por dia, eu resolvi não aceitar essa sociedade para mim.
Não quero chegar a casa às 20:00, estoirada de um dia de trabalho e ter 1h30 com o Vi e que, verdade seja dita, não tenho cabeça para estar realmente com ele. Porque estou cansada, porque tenho de fazer o jantar, porque ele tem de ir para a cama... Não foi para isso que resolvi ser mãe.

Como costumo dizer, não quero chegar aos 50 anos e ter-me passado a vida toda ao lado, o meu filho já não me ligar nenhuma e ter a sensação que não vivi. Não consigo ir com esta dúvida do "what if" para o caixão. Preciso de tentar e é isso que vou fazer.
E sabem o mais cómico? quando expliquei isto ao meu chefe e lhe perguntei: "Não pensas nisso?", a resposta dele foi: "Não posso pensar nisso que já estou lá a chegar". As pessoas resignam-se ao que a sociedade tem para lhes oferecer em vez de tentarem ser felizes.

Durante um ano vou tentar. Foi o prazo que estabeleci. E se não der? Volto ao mercado de trabalho dito "normal". Mas ao menos tentei.

Eu acho que só somos ricos quando temos dinheiro na conta e tempo. Eu vou optar por ter tempo que é um bem demasiado precioso que não quero perder. Dinheiro? Claro que faz falta! E vou continuar a trabalhar, mas essencialmente serei eu a gerir o meu tempo e mais ninguém.

Serei livre.

Sem comentários:

Enviar um comentário