domingo, 28 de junho de 2015

Quando virei mãe

Quando virei mãe, virei viagem. Virei desdobrável. Carteira de cromos.
Virei piegas, maricas, heroína invencível das minhas rotinas.
Virei penso rápido e ligadura. Virei água na fervura.
Virei Carnaval em permanência, virei doce demência.
Quando virei mãe, virei risca, virei curva.
Virei alma plena e pessoa turva.
Virei-me do avesso, e ao contrário, virei cozinheira e virei armário.
Virei quando queria, quando podia, quando sabia e sempre, quando devia.
Quando virei mãe, virei fluorescente, mãe foguete.
Virei pediatra, curandeira, amiga e feiticeira.
Quando virei mãe, virei leoa, patroa, criatura curtida, mulher dividida.
Até virar mãe tudo me parecia direito, até ser mãe tudo parecia perfeito.
Mas quando se vira mãe, não há nem "se's" nem talvez.
Porque quando virei mãe, virei de vez.
By Isabel Saldanha for Knot

segunda-feira, 15 de junho de 2015

The Jumpsuit



Ando cada vez mais viciada em jumpsuits! São novamente uma tendência deste ano e assim que vi este numa das minhas lojas favoritas em NYC, nem pensei duas vezes. Era exatamente o modelo e a cor que procurava.
Optei por usá-los com os meus Adidas, mas com um salto também fica lindo porque é super versátil. E vocês? Qual é a vossa peça de eleição?
Obrigada pelos vossos comentários.

I've becoming addicted to jumsuits. They're back again as a trend this season and since I saw this one in one of my favourite stores in NYC, I didn't think twice. It was exactly the model and color I was looking for.
I chose to use it with my Adidas, but with some wheels it is also beautiful cause it's so versatile. What about you? What's your favourite piece of all times?
Thank you so much for your comments!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

NYC #2


Sempre disse que devia ser obrigatório vir a NYC pelo menos de dois em dois anos (já para não dizer todos os anos) e sabem porquê? Porque assim que estou lá, quero ser uma New Yorker e não uma turista.
Adorei subir ao Empire, andar de helicópetro e sobrevoar toda a ilha, mas isso fiz tudo na primeira viagem. Podia agora aproveitar esta segunda vez em NYC para simplesmente deambular pela cidade, recordar sítios onde já tivesse estado, conhecer outros novos... E foi exatamente isso que fizémos! Andámos o dias todo sem destino, e a aproveitar o dia maravilhoso!

I've always said it should be mandatory to come to NYC at least every two years (or maybe every year) and wanna know why? Because as soon as I'm there, I want to be a New Yorker and not a tourist.
I loved climbing the Empire, the ride in the helicopter and fly over the island, but that did everything on the first trip. I could now take this second time in NYC to simply wander around town, remembering places where we already had been, meet new ones ... And that's exactly what we've made! We walked the whole day aimlessly, and enjoying the wonderful day!


Tshirt and Coat Sheinside

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sábado, 16 de maio de 2015

Goodbye McDreamy...

Com uma semana de atraso, acabei de ver os últimos episódios da Grey's Anatomy. Não sei se são os últimos da série, mas para mim são.
A Meredith sem o Derek não tem sentido... Senti cada episódio desta série, como se fosse os meus amigos, a minha família... Vivi todos os dramas, identifiquei-me com alguns (não muitos, senão a minha vida seria um autêntico drama), vi algumas das minhas personagens favoritas morrerem o irem embora, mas agora sem o Derek, declaro o fim da Grey's Anatomy para mim.

Tenho alguns episódios gravados na minha cabeça como se tivesse visto no dia anterior, e já os vi há tanto tanto tempo... Saltei no sofá de tanto chorar com o atentado no hospital, o roubo do coração para o Denny, o George desesperado a explicar que debaixo daquela desfiguração era ele que ali estava, com a mão da Meredith dento de uma bomba, imaginar a Lexie sozinha na floresta, o Alex a casar-se com a Izzie, como o Richard sempre acompanhou a mulher enquanto ela teve Alzheimer... As cenas atropelam-se na minha cabeça, tal como dizem que acontece poucos segundos antes de morrermos, que as cenas da nossa vida se atropelam na nossa cabeça. E se morre o McDreamy, fico por aqui na Grey's Anatomy. Obrigada, foi muito bom enquanto durou.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Multitasking mode

Mas afinal o que somos depois de sermos mães?
Já comecei a trabalhar e tento por tudo manter a ordem e a serenidade, e é agora que percebo a verdadeiro poder das mulheres de multitasking.
Como é possível sermos tanta coisa ao mesmo tempo?

São 6:00 da manhã, eu durmo o sono dos justos e o Baby Vi acorda, com o seu bom humor matinal que eu adoro e quer brincar. Quer conversar, quer brincar. Não sou capaz de lhe negar isso, mesmo com os olhos a arder de tanto sono. Ficamos na conversa e na palhaçada, só de ouvir a gargalhada dele já sinto a minha energia a carregar e a conseguir ganhar forças para continuar na palhaçada.

8:00 começa a tocar o meu despertador e o Baby Vi fica automaticamente com sono. Junta-se ao pai que nem sequer pestanejou enquanto brincávamos e dormem os dois com o Vicente a fazer questão de lhe tocar com uma mão no ombro só para sentir a sua presença. Chegou a hora de começar a luta e levanto-me para tomar um duche e encarar mais um dia com um sorriso na cara.
Volto a colocar os saltos altos. Faz quase um ano que não usava e parece que deixei de saber usá-los, mas nós mulheres somos assim. Para além de fazermos tudo, ainda o temos de fazer em cima do salto.

Pego na mala do Vi, na minha mala, na minha lancheira, no saco do ginásio e no Vi e saímos de casa. Vamos a correr até casa da avó para deixar o Baby Vi e dar algumas instruções. Não me esqueci de nada? A sopa veio? O biberon? Ah! E a água? Está calor ou vai fazer vento? Todas as questões invadem a nossa cabeça e uma insegurança de que estamos a esquecermo-nos de algum pormenor com certeza.

Já são 9:30, tenho de fugir e deixar o task "mummy" para trás. Espera-me uma Cril inteira e ainda a A5! E se está trânsito, lá vou eu me atrasar... Mas estou acordada há tantas horas, como é que é possível?!? Lá vou eu pela estrada fora a beber o meu sumo matinal e consigo chegar a horas.

O dia passa a correr, talvez também pelas saudades que tinha de toda a algazarra e boa disposição que transborda naquele escritório. Chega a hora de almoço e lembro-me que me esqueci de tirar alguma coisa para jantarmos, tenho de ir comprar alguma coisa. Pomos a conversa em dia durante o almoço, a tradição mantém-se e trazemos todas almoço de casa.

De repente falta uma hora para sair e o dia passou a correr, o dia como "worker" Ainda há tantos taskings para desenvolver... Vou a correr buscar o Vi, já cheia de saudades daquelas bochechinhas e de abraçá-lo, mas enquanto isso penso que não liguei para tratar da creche dele, tenho de ir arranjar as unhas, como gostava de fazer umas massagens para tirar esta celulite... Vamos os dois para o ginásio, preciso de ter este momento meu, para suar, dançar, pular, fazer o que me apetecer! É no tasking "myself" que carrego baterias para o resto do dia que para mim ainda vai a meio...

Chegamos finalmente a casa e chegou a hora que eu chamo de logística. Banho, papinha, miminho e pouco depois caminha. 21:30 e o Vi está pronto para ir dormir e eu ainda com tanto por fazer.
Esganada de fome, vou preparar o nosso jantar e comer num instante antes que o sono se apodere de mim. Enquanto como faço mentalmente uma lista de tudo o que tenho para fazer ainda nessa noite. Arrumar o cozinha, preparar o saco do Vi para o dia seguinte, preparar a minha salada para o almoço e os meus snacks. Entretanto olho para a pilha de roupa para passar, respiro fundo, e lá enfrento mais uma tasking, a de "housekeeper".

Estou sempre a olhar para o relógio, para não perder a hora de dormir senão, não aguento mais um dia. Mas ainda preciso de fazer uma coisa. Parar um bocado e olhar para o H. Olho para ele e penso, como é que dantes nós ocupávamos o nosso tempo? Preciso de estar um bocadinho com ele, nem que seja sentir o seu abraço, saber que estamos no caminho certo e ser a "wife" que tu te orgulhes.

Já sem make up, estou pronta para ir dormir. Tenho de me despachar a adormecer que daqui umas 2 horas o Vi vai acordar com fome e lá estarei eu pronta para lhe dar o meu peito. Por vezes o cansaço é tanto que acabamos por adormecer os dois como que abraçados. Quando volto a acordar, volto a colocá-lo no berço. Já são 3 da manhã. Daqui a três horas o Vi vai estar com a bateria a 100% e eu sinto que a minha ainda nem saiu do vermelho.

É desta fibra que nós mulheres somos feitas, é isto que nos faz seres tão especiais e únicos. "That's why we are superwomen". E é por vocês que vou continuar.